“Ela regula
sono, humor, apetite e ainda ajuda a combater a enxaqueca”
Os neurotransmissores representam os mensageiros do
cérebro. Eles são substâncias químicas que permitem que os neurônios passem
sinais entre si e para outras células do corpo, o que os torna importantíssimos
em nossas funções vitais. Há muitas funções e muitos neurotransmissores, mas um
deles merece destaque: a serotonina.
A serotonina
é responsável pelo estado de vigília de nosso cérebro, ou seja, ela que nos
deixa em alerta. Para que uma pessoa tenha um sono adequado, ela age de duas
formas diferentes. A princípio, regula a primeira fase do sono,
chamada de "sono lento". No entanto, explica a neurologista Dalva
Lucia Rollemberg Poyares, da Unifesp, para que a fase mais profunda aconteça -
o sono REM -, esse neurotransmissor deve estar inibido.
Depressão e outros distúrbios de humor
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a depressão não
significa, exatamente, a falta de serotonina em nosso organismo. A crença
talvez tenha vindo da efetividade da ação de antidepressivos que aumentam a
disponibilidade do neurotransmissor no cérebro. A neurologista Dalva Lucia
Poyares explica que, na verdade, o que acontece em casos de depressão, ansiedade e
outros distúrbios afetivos, é que a transmissão de serotonina não está tão
efetiva quanto deveria.
"Alguns antidepressivos atuam inibindo
seletivamente a recaptação da serotonina,
aumentando dessa forma a quantidade dela nos espaços entre os neurônios,
facilitando a neurotransmissão. Isso faz com que a pessoa tenha o seu humor
melhorado, diminuindo também a ansiedade e irritabilidade", pormenoriza o
neurologista Roberto Godoy, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
"O remédio não vai fazer produzir serotonina, ele vai fazer com que ela
não seja degradada. Ele funciona como inibidor da recaptação", completa a
neurologista Rosa Hasan.
A serotonina
é um dos neurotransmissores responsáveis pelo humor. Estando com transmissão
inadequada, é natural que o indivíduo se sinta irritado, mal-humorado, ansioso,
impaciente, irritadiço, propenso a chorar etc. Melhorando a qualidade da
transmissão, logo existe o alívio deste quadro. O nível adequado de transmissão
evita também casos de agressividade, já que o neurotransmissor está ligado ao
controle de impulsos em nosso sistema límbico.
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