sexta-feira, 27 de junho de 2014

E os sentimentos continuaram...

Um dia percebi que não queria mais nada. Nada mais valia a pena, nem a vida.
Me perguntava: “O que eu tinha?”, “Quem eu era?” “O que eu significava para mim mesma?” e a resposta era sempre a mesma: “Nada”
Um NADA bem grande e me sentia um monte de merda boiando na lagoa. De mãos e pés atados, sem nada poder fazer por ninguém, nem por mim mesma.
Porém o que mais me incomodava era a sensação de desespero terrível que não conseguia acalmar, abrandar.
Orava feito louca; não que eu não acreditasse, pois sempre acreditei que “Não existisse oração sem resposta!”, mas parecia piorar ao invés de melhorar aquele desespero...
Em uma das crises, minha mãe me disse (pq eu não me lembro), que eu estava agarrada as pernas, com a cabeça na parede e batendo a cabeça e dizendo “Não vou, não vou, não vou!”. Ela disse que não entendia nada, pois eu chorava muito e com tanto desespero.
Correram comigo para o psiquiatra, e enquanto eu esperava só fazia chorar, queria sair correndo, me sentindo sozinha e vazia. Não me importava nem um pouco se as pessoas estavam olhando ou não, o que falavam ou o que pensavam, eu queria minha cama, meu travesseiro, ficar sozinha e no meu escuro.
Sair com os amigos???? Tá louca??? De forma alguma. Só a minha cama, o meu mundo, o meu vazio.
Trabalhar estava sendo um grande fardo pra mim.
Existir estava sendo um grande desperdício.
Viver estava sendo o maior de todos os desesperos.

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