Há
uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo
deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina,
noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem
impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das
células nervosas também estão envolvidos.
Ao
contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais,
muitas vezes, são conseqüência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o
estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que
provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da
depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada
cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.
São
sintomas de depressão:
·
Humor
depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
·
Desânimo,
cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
·
Diminuição
ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente
consideradas agradáveis;
·
Desinteresse
e falta de motivação e apatia;
·
Falta
de vontade e indecisão;
·
Sentimentos
de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
·
Pessimismo,
idéias freqüentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de
falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte;
·
A
pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
·
Interpretação distorcida e negativa da
realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento"
para si, os outros e o seu mundo;
·
Dificuldade
de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
·
Diminuição
do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação
prazerosa habitual) e da libido;
·
Perda
ou aumento do apetite e do peso;
·
Insônia
(dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono
muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do
horário habitual) ou, menos freqüentemente, aumento do sono (dorme demais e
mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);
·
Dores
e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de
barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão na nuca
e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão
no peito, entre outros.
O
tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30
antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações
não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é
simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.
Alguns
pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar
anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios de
depressão. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios,
nem cura a depressão.
A
técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar a
sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o
que diminui o impacto provocado pelo estresse.
Fonte:
Minha Vida
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