terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Depressão: 5 mitos em que muita gente acredita

Abaixo listamos cinco dos mitos mais comuns sobre a condição, para esclarecer de uma vez por todas quão grave é esse diagnóstico:

Mito 1: Depressão é sinônimo de tristeza

Muitos conhecidos do ator Robin Williams que foram entrevistados desde a sua morte falaram que eles nunca o viram infeliz, ainda que ele sofria de depressão profunda. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, muitas das pessoas que sofrem de depressão sentem sim uma tristeza esmagadora, mas, em contrapartida, muitos outros não sentem qualquer emoção específica. A melhor descrição seria uma sensação de vazio e apatia. E uma vez que a ansiedade muitas vezes acompanha a depressão, muitos sentem um constante estado de tensão que persiste por nenhuma razão aparente.

Mito 2: A depressão é um sinal de fraqueza mental

Parte do estigma que envolve a depressão é que os outros vão encarar essa doença como um sinal de fraqueza. No entanto, nós não temos o costume de acusar ninguém que sofra de uma doença cardíaca, ou tenha câncer, por exemplo, que são doenças que afetam uma ampla gama de pessoas. A depressão também é uma doença e, mais especificamente falando, é um transtorno médico absolutamente complexo que tem dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Dessa forma, as pessoas “fortes” também podem sofrer de depressão grave, e as consequências de não tratá-la são tão reais e trágicas como em qualquer outro caso de doença grave. Uma condição que afeta a química do cérebro e do sistema nervoso não é menos devastadora do que uma que afeta qualquer outra parte do corpo.

Mito 3: A depressão é sempre situacional

Embora a depressão muitas vezes apareça por conta de um fato pontual, como perda de um ente querido, divórcio, estresse no trabalho, etc, ela não precisa desse tipo de faísca para começar. A depressão normalmente é diagnosticada quando alguém sofre de episódios prolongados (de pelo menos duas semanas) de desesperança, vazio e letargia que não têm nenhuma causa aparente. Esses períodos podem se manifestar inexplicavelmente, mesmo quando os eventos da vida parecem geralmente positivos. Esta, inclusive, é outra razão de porque depressão e tristeza não são sinônimos.

Mito 4: Sintomas de depressão são todos mentais

Embora seja verdade que muitos sintomas de depressão são coisas que normalmente associamos com a “cabeça” (emoção, tensão, etc), a condição se manifesta com frequência em todo o corpo. Sintomas depressivos comuns incluem indigestão, dificuldade em respirar, aperto no peito e fadiga geral. Alguns pacientes também se queixam de dores musculares persistentes.

Mito 5: Se você é diagnosticado com depressão, você usará antidepressivos o resto de sua vida

A forte presença de comerciais de antidepressivos e insistência da mídia nesse assunto tem tido uma repercussão negativa. Muitas pessoas têm medo de serem colocadas em um antidepressivo, mesmo que possam se beneficiar de seus efeitos, porque acham que o medicamento pode viciar e gerar uma dependência.
A realidade é que nem todo mundo se beneficia com antidepressivos. Segundo algumas estimativas, cerca de 40% das pessoas que recebem prescrição para ingerir o medicamento não experimentam nenhum benefício. Afinal, cada um é cada um. Algumas pessoas reagem melhor a formas de psicoterapia, como a terapia cognitivo-comportamental, ou uma combinação de medicação e terapia. Mesmo alguém que obtém bons resultados a partir de um antidepressivo pode, com supervisão médica, eventualmente, reduzir essa medicação. Por isso é importante o acompanhamento médico. Só um profissional irá saber o que receitar e qual o melhor tratamento para cada caso.[FORBES, ipan]

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Hoje

Hoje me sinto assim, sem rumo, sem destino, sem expectativas, sem anseios ou desejos.
Me sinto nula.
O vazio tomou conta de meu ser e junto a ele veio a escuridão.
Pensamentos ruins que tento afastar de todas as formas, porém sem sucesso algum.
Tento pensar em quem eu gosto e mesmo assim não sinto ânimo de continuar.
Uma imensa solidão, um sentimento de desamparo, uma coisa ruim que tá crescendo a cada dia.
Sinto que tenho feito muito mal aos que me amam e se importam comigo. Não sei se quero que eles insistam ou simplesmente desistam de mim. Mas minha convivência com eles não o fazem bem e trazem esperanças.
Minha cama e os remédios são meu refúgio, uma fuga de meus próprios pensamentos.
Não sei aonde irá parar isso tudo, só sei que preciso dar um jeito de acabar logo com esse sofrimento, esse vazio, essa escuridão.
Me sinto sem forças e o pior, me sinto sem vontade de lutar, de melhorar, de crescer.
Peço a Deus todos os dias que me ajude a passar por essa fase, por esse deserto ( como diz a Paula) ou simplesmente me tire daqui.
Dizem que o vale dos suicidas é o inferno e fico me perguntando se será melhor que esse inferno em que estou vivendo?
Inferno que está dentro de mim, na minha cabeça e em meu coração.
Fico lembrando de como eu era, da alegria de viver, da força para lutar. Tudo passado pois meu presente não está sendo auspicioso.
O que me fez mudar tanto? Me faço essa pergunta todo dia, toda hora.
Quando isso irá passar ou melhorar? Pergunto à Deus, pq sei que Ele sabe a resposta. Às vezes, acho q não deveríamos ter o tal do livre arbítrio.
As coisas que eu tanto gostava de fazer antes, hoje já não me agradam e fico me perguntando o que afinal de contas me agrada?
Hoje realmente eu não estou nada bem.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

A importância da Terapia

Terapia Emocional

A Terapia emocional é uma forma de ajudar as pessoas que estão em sofrimento e tumulto emocional e que em conseqüência disso as suas vidas não fluem normalmente. Seja o sofrimento emocional provocado por uma crise pontual, ou por um problema específico a longo prazo, ou mesmo causas desconhecidas. Quando surge uma infelicidade persistente, uma depressão, apatia ou dificuldades nos relacionamentos com os outros, é importante tentar perceber qual a origem dessa instabilidade que se reflete na vida da pessoa. A Terapia emocional ajuda cada pessoa a desenvolver a sua própria inteligência emocional tomando consciência de que a crença de que estar bem emocionalmente é a chave para uma vida feliz e saudável. Seu objectivo é ajudar as pessoas a uma integração positiva na sua totalidade de corpo, mente e espírito. Este tipo de terapia é acompanhada de um desenvolvimento pessoal, que ajuda a pessoa a equilibrar todas as áreas da sua vida para que esta crie um dinamismo e entusiasmo interior para conseguir deixar de ter como foco e dar um ênfase tão elevado a questões do passado que ganham uma relevância e importância excessiva para o que é considerado saudável.
Aprender a libertar a resistência à mudança é um dos passos fundamentais para fazer uma cura emocional.
A terapia emocional ajuda a resolver questões profundas como:
  • Raiva
  • Stress
  • Ansiedade
  • Auto-mutilação
  • Depressão
  • Perda
  • Baixa auto-estima
  • Problemas de relacionamentos
  • Problemas de saúde não resolvidos Fisicamente
  • Sentir-se confuso, infeliz ou apenas emocional o tempo todo
Muitas vezes não nos apercebemos como estas questões emocionais podem impedir um livre fluir da vida, o fato de sermos pessoas instáveis, ressentidas, rancorosas, infelizes pode interferir na influencia que causamos às pessoas que nos rodeiam e isso limitar a fluência de coisas, pessoas e acontecimentos positivos para a nossa vida.
Como a terapia emocional ajuda?
Na grande maioria das vezes, o maior problema é que a própria pessoa não sabe qual é o seu próprio problema e muito menos qual a sua origem outras vezes tem uma idéia de qual a origem da sua instabilidade, no entanto não sabem orientar-se para a libertação das questões que trazem desequilíbrios emocionais e muitas vezes se refletem no físico. Acontece que muitas vezes podem sentir que estão a ser reprimidos e a repetir os mesmos erros do passado e a seguir padrões de comportamento que se tornam inúteis e desgastantes, no entanto não conseguem estabelecer metas e ter iniciativas de mudança. Há uma sede enorme de mudança,  na sua vida, mas não sabe como pode iniciar esse processo, nem o que é essencial e útil, nem o que é supérfluo e desnecessário.
A terapia emocional pode ser feita pela própria pessoa através de auto-observação ou com a ajuda de um terapeuta especializado. No entanto a terapia é um método que ajuda o paciente a fazer a auto-observação e o caminho de libertação continua a ser uma tarefa do paciente nenhum terapeuta pode fazer o trabalho pelo seu próprio paciente. O terapeuta muitas vezes, tem a missão de ajudar o paciente a apurar a “sua visão” e “consciência” sobre si mesmo, ajudando-o a responsabilizar-se por tudo o que acontece em sua própria vida. Ajudando o paciente a entender que “não escolhemos o nosso passado”, mas somos responsáveis pelo que fazemos com o nosso passado e com a vida que estamos a construir no presente.
Há muitos métodos para nos ajudar a fazer uma auto-observação e a conseguir tomar a consciência dos padrões negativos, desde os livros de auto-ajuda, a terapias de ajuda emocional.

Terapia Cognitivo-Comportamental

É muito eficaz para as pessoas cuja personalidade e experiências de vida são a causa principal da doença. A este tipo chamamos de depressão reativa (porque o individuo reage a acontecimentos perturbadores). Nestas circunstâncias, a pessoa pode ter uma menor capacidade para lidar eficazmente com situações problemáticas, como a morte de pessoas chegadas, o divorcio ou a separação, a perda do emprego ou problemas graves de saúde. O apoio psicológico é fundamental, que pode variar desde uma abordagem informal ou orientada para a solução dos problemas ou até às abordagens mais estruturadas de uma terapia cognitivo-comportamental, dependendo da personalidade e das problemáticas do individuo. É fundamental a escuta ativa e empática do psicólogo, onde o individuo pode conversar livremente, sem pressões e sem ser julgado. Muitas vezes, o fato de conversar com alguém de confiança, assuntos considerados muito perturbadores, pode ser suficiente para o alívio dos sintomas.

Segundo as recomendações da Associação Americana de Psiquiatria, uma combinação de terapia com medicamentos é mais eficaz do que apenas medicamentos. Esta associação ainda recomenda o tratamento de eleição para a depressão ligeira a moderada, a terapia cognitiva ou esta terapia em conjugação com medicamentos.
O Prognóstico é bom em relação à maior parte dos indivíduos, desde que tenham tratamentos e vigilância adequados.

terça-feira, 15 de julho de 2014

A Segunda vez...

Foi muito difícil para minha família. Principalmente, aceitar q eu "a gde fortaleza da casa","a baladeira ", simplesmente não sentia maus vontade de continuar a viver.
Após uma discussão com um namorado e um desespero profundo, resolvi q dormiria para sempre. Ms Deus me fez alertar à todos q eu amava naquela noite. Então, comecei a me despedir de algumas pessoas.
Minha mãe achou tudo muito estranho e antes mesmo de o remédio começar à fazer efeito, correu comigo para o pronto socorro.
Não é falta de amor pelos seus, ms falra de amor por si e pela vida.
Uma correria se instalou em minha casa, em minha família e enfim fui hospitalizada. Isso msm, foi o melhor ora mim naquele momento. Meu trabalho, q eu tanto adorava já não tinha sentido, minha sobrinha q eu tanto amava já não qria estar perto dela, tudo mudou naquele momento.
Aprendi que, clínicas psiquiátricas não são tão ruins assim, principalmente, se o intuito é lhe tirar daquela crise existencial.
Passei meu aniversário de 2013 com pessoas q mal me conheciam, ms aparentemente me desejavam o bem.
Eu aprendi muita coisa.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

A Doença anatomicamente falando.

A depressão é uma síndrome cujas reações no organismo são muito mais amplas do que as alterações de humor perceptíveis. Ela engloba desde a deficiência no nível de alguns neurotransmissores – serotonina, noradrenalina e dopamina – até alterações em níveis hormonais. Com menos “mensageiros”, a comunicação entre neurônios fica prejudicada e também a regulação das funções desses neurônios. A partir daí, o corpo – e a mente – começam a padecer. A deficiência de neurotransmissores traz ainda a diminuição de substâncias protetoras dos neurônios, podendo causar inclusive morte de células cerebrais.
Os sintomas da depressão ocorrem devido a alterações no processamento de informações e disfunções na transmissão de sinais entre neurônios, em diferentes regiões do cérebro, segue alguns:

  • Fadiga Córtex pré-frontal
  • Núcleo estriado
  • Córtex pré-frontal
  • Hipotálamo
  • Tálamo
Devido ao quadro depressivo, o hipotálamo – região cerebral que, entre outras funções, coordena a produção de hormônios em diferentes glândulas – estimula a produção de cortisol (conhecido como hormônio do estresse) em excesso. Essa alteração ajuda a liberar fatores inflamatórios e a diminuir a capacidade imunológica do organismo. Por isso, os pacientes depressivos têm maiores chances de adoecer do que aqueles que não sofrem da doença.
A depressão pode tornar-se crônica por conta da disfunção do cortisol. Nestes casos, quanto mais tempo demora para o paciente receber o tratamento correto, menores são as chances de sucesso.


TRATAMENTO DA DEPRESSÃO - EVOLUÇÃO

Tricíclicos  - Primeira geração de antidepressivos, muito eficazes, atuam bloqueando o “transporte” dos três principais neurotransmissores relacionados à depressão: serotonina, noradrenalina e dopamina. Como causam muitos efeitos colaterais, a adesão ao tratamento fica prejudicada.
IMAO - inibidores da monoaminaoxidase. A monoaminaoxidase é uma enzima responsável por “desativar” a serotonina, a noradrenalina e dopamina. Assim, os medicamentos IMAOs agem diretamente nesta enzima, a fim de aumentar a disponibilidade dos três neurotransmissores que têm papel importante na depressão.
ISRS - inibidores seletivos de receptação de serotonina. Com mecanismo de ação focado no bloqueio da serotonina, esses medicamentos possuem menos eventos adversos do que os medicamentos anteriores a ele. Conhecida como segunda geração de antidepressivos, a classe é uma das mais utilizadas para a depressão, melhora a adesão do paciente ao tratamento, mas não possui a mesma eficácia dos tricíclicos.
IRSN ou Duais - inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina.  Conhecidos como terceira geração de antidepressivos, esses medicamentos atuam sobre os neurotransmissores serotonina e noradrenalina e aliam eficácia no controle da doença com menor interação medicamentosa e menos efeitos colaterais. 

domingo, 29 de junho de 2014

Noradrenalina e a Dopamina, o que representam na doença?


Noradrenalina
“Ela influencia o nosso humor, felicidade, prazer, entusiasmo, autoconfiança e o estado de alerta.”

A noradrenalina é o neurotransmissor libertado pelos nossos neurônios, que mais influencia o nosso humor, felicidade, prazer, entusiasmo, autoconfiança e o estado de alerta. Outro importante neurotransmissor é a serotonina, que também interfere com alguns sintomas emocionais como a agressividade e impulsividade, para além de influenciar o apetite, comportamento sexual e dor.
Quando estes dois neurotransmissores existem em quantidades normais, nas ligações dos neurônios, não é sentido qualquer tipo de sintoma de depressão, seja ele físico ou emocional. Porém, uma pessoa deprimida não tem a quantidade suficiente de noradrenalina e serotonina nas ligações entre os neurônios. 
O tratamento com antidepressivos, seguido de acordo com a prescrição do médico, aumenta a disponibilidade de noradrenalina e serotonina para que se obtenham níveis normais.
A noradrenalina é apenas um complemento e/ou coadjuvante com a serotonina.


Dopamina
“É sabido que a dopamina é importante nas vias da satisfação.”

sábado, 28 de junho de 2014

Serotonina o que representa na doença?


“Ela regula sono, humor, apetite e ainda ajuda a combater a enxaqueca”

Os neurotransmissores representam os mensageiros do cérebro. Eles são substâncias químicas que permitem que os neurônios passem sinais entre si e para outras células do corpo, o que os torna importantíssimos em nossas funções vitais. Há muitas funções e muitos neurotransmissores, mas um deles merece destaque: a serotonina
A serotonina é responsável pelo estado de vigília de nosso cérebro, ou seja, ela que nos deixa em alerta. Para que uma pessoa tenha um sono adequado, ela age de duas formas diferentes. A princípio, regula a primeira fase do sono, chamada de "sono lento". No entanto, explica a neurologista Dalva Lucia Rollemberg Poyares, da Unifesp, para que a fase mais profunda aconteça - o sono REM -, esse neurotransmissor deve estar inibido.
Depressão e outros distúrbios de humor 
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a depressão não significa, exatamente, a falta de serotonina em nosso organismo. A crença talvez tenha vindo da efetividade da ação de antidepressivos que aumentam a disponibilidade do neurotransmissor no cérebro. A neurologista Dalva Lucia Poyares explica que, na verdade, o que acontece em casos de depressão, ansiedade e outros distúrbios afetivos, é que a transmissão de serotonina não está tão efetiva quanto deveria.  
"Alguns antidepressivos atuam inibindo seletivamente a recaptação da serotonina, aumentando dessa forma a quantidade dela nos espaços entre os neurônios, facilitando a neurotransmissão. Isso faz com que a pessoa tenha o seu humor melhorado, diminuindo também a ansiedade e irritabilidade", pormenoriza o neurologista Roberto Godoy, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. "O remédio não vai fazer produzir serotonina, ele vai fazer com que ela não seja degradada. Ele funciona como inibidor da recaptação", completa a neurologista Rosa Hasan.
A serotonina é um dos neurotransmissores responsáveis pelo humor. Estando com transmissão inadequada, é natural que o indivíduo se sinta irritado, mal-humorado, ansioso, impaciente, irritadiço, propenso a chorar etc. Melhorando a qualidade da transmissão, logo existe o alívio deste quadro. O nível adequado de transmissão evita também casos de agressividade, já que o neurotransmissor está ligado ao controle de impulsos em nosso sistema límbico.